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Bullying – Não é brincadeira!

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. Em síntese, é um ato exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.
Há duas categorias de bullying: a direta e a indireta.
A direta é freqüentemente usada por agressores do sexo masculino onde há a predominância do contato físico.

A direta é freqüentemente usada por agressores do sexo masculino onde há a predominância do contato físico.
A indireta, mais comum entre mulheres e crianças tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, internet, exército, podendo ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
Exemplo de espaços onde presenciamos o bullying:
Na escola – São comuns em alunos da 5ª e 6ª séries, através de humilhações diretas e indiretas.
No trabalho – É a versão adulta do bullying, também chamado de Assédio moral. Pode vir tanto do chefe quanto dos colegas de trabalho. São perseguições e críticas sem fundamentos nos trabalhos executados pelo indivíduo.
No exército – Treinamento abusivo onde a vítima é colocada sob pressão física e emocional, para provar seus limites.
Na internet – Fakes (perfis e blogs falsos) onde divulgam ao público informações, boatos e fotos da vítima, deixando-a em situação constrangedora.
No condomínio ou prédio – Nesses casos podem ocorrer o desrespeito do outro através de barulhos, sons em volume muito alto e até boatos. Tudo com intenção de incomodar.
As pessoas que testemunham o bullying, se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. Principalmente no espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O papel da família é essencial na prevenção da formação dos futuros “bullyings”. Geralmente estes vêm de famílias desestruturadas onde o relacionamento afetivo tende a ser nulo ou escasso. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
“No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas
do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.” www.brasilescola.com
Em 2008 trabalhei como supervisora em uma escola da rede pública de Belo Horizonte. A escola acolhia crianças de classe social diversificada. Um exemplo atípico acontecia naquela escola. Por diversas vezes eu atendia reclamações dos alunos e familiares sobre maus tratos de um professor de Ensino Religioso. Precisava ouvir também a outra parte envolvida, então chamei o professor. Ele negou as acusações e ainda acrescentou “Essas crianças inventam cada coisa...!”
Resolvi então fazer uma ocorrência por escrito e deixar relato a disposição da Secretaria de Educação de MG.
Passei a observar com maior prioridade as aulas de Ensino Religioso, sem que o professor se sentisse constrangido com minha presença. Foi quando ele veio me procurar para reclamar de uma aluna que estava atrapalhando a aula, segundo ele. As palavras que ele usou para identificar a aluna foram: “Aquela menina pretinha que mora na favela, que vem suja e de chinelo para a escola”. Só estas palavras me deixaram perplexa, pois ele não a chamou pelo nome, mas sim por adjetivos como “pretinha” e “suja”. Calei-me e pedi a ele que esperasse que eu tivesse uma conversa com ela. Quando me dirigi à sala, lá estava uma criança amedrontada já pensando que iria ser castigada. Levei-a até minha sala e perguntei o motivo da bagunça. Ela disse com lágrimas nos olhos: “Ele me chamou de macaca, então eu comecei a pular como fazem os macacos”.Depois desse episódio, procurei o diretor da escola e juntos tomamos as devidas providências.
Então, não deixe de denunciar, não faça “vistas grossas”! A vítima poderá ser alguém que você estima.
“Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.”
Ele NÃO disse: “Deixai vir os meninos limpos, brancos, pardos, amarelos... calçados, bem vestidos...”!
José era o filho mais jovem de Jacó, mais amado também por ser o filho da sua velhice. Os irmãos de José sentiam inveja do amor que seu pai tinha pelo irmão mais moço. Foi assim, pela inveja que decidiram tramar-lhe a morte. Eles, porém não o mataram, mas o venderam como escravo.
Essa história nos mostra por um lado, a maldade e a inveja do ser humano e por outro a bondade e o perdão. José prosperou e de escravo tornou-se governador do Egito. Quando a fome chegou à terra de seus irmãos, ele os recebeu e deu-lhes abrigo.
Sabemos que as conseqüências dos maus tratos podem trazer grandes perdas e danos. Mas, aquele que sofre deve se apegar ao Senhor, pois Ele nunca desampara um filho. Temos o privilégio de termos um Deus que nos chama de filho e a Quem podemos chamar de Pai.

Jovem